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terça-feira, 7 de abril de 2009

The Prodigy

Hoje vamos revisitar uma banda que teve muita influência na minha vida, e de vez em quando ainda vou revisitando as mesmas músicas, que apesar de terem lançado albuns novos, oiço sempre as mesmas. O mal será de mim? Mas já lá vamos. Prodigy, a poderosa banda britânica, do início dos anos 90, que fez da cena rave uma cena mainstream, agarrando-se ao electro dance e ao big beat, fazendo com que o seu som começasse a tocar em cada esquina e não apenas de subculutras músicas, mas atingindo todas uma dimensão muito maior, atingindo uma popularidade nunca antes vista para este tipo de música e com uma venda astronómica de albuns.

Mas isso foi antes acho penso eu de que. Reivnentado géneros musicais mais alternativos com o rave, hardcore, industrial e breakbeat, alienado ao rock alternativo, big beat e com uns toques do punk, fazem dos Prodigy a referência musical que eles são, ou foram, e deixam definitivamente a sua marca no mundo musical. Para o melhor ou para o pior, os Prodigy não deixam de ter grandes músicas que marcaram gerações e deram o seu contributo musical. As mentes brilhantes: Liam Howlett, Keith Flint e Maxim Reality, foram os fundadores dos Prodigy e ainda hoje se mantêm juntos em activo. Durante o percurso da banda ainda passaram alguns elementos que por uns motivos ou por outros fizeram com que apenas o núcleo central se mantivesse. Depois da música e do grupo vem os albuns. Os Prodigy contam com 5 albuns de originais. O primeiro album é de 1991, e chama-se "Experience" e o nome diz tudo. Foi uma experiência musical nova a arrojada e largamente adorada por todos, todos queriam viver a cena rave e tinham o album dos Prodigy sempre à mão para poder tocar em qualquer que fosse a ocasião.

O album atingiu o 3 lugar nas tabelas de vendas Britânicas e foi a rampa de lançamento para os Prodigy. No ano de "Music for the Jilted Generation" são o segundo album da banda, e como não podia deixar de ser, o sucesso foi facilmente atingível. Os Prodigy tinham já delineado um estilo muito próprio e qualquer música que criassem era sucesso garantido. "Voodoo People" é uma delicia musical, mesmo, e que tornava esta banda de "hard dance" num sucesso comercial. Mas eis que no grande ano de 1997, surge esse grande album, essa obra prima, esses hinos que duraram gerações, "The Fat Of The Land" é a maravilha das maravilhas produzido por estes senhores. Devo confessar que não sou grande conhecedor dentro do género, pode dizer que Prodigy é "easy listening", "mainstream", que só se ouve porque toda a gente ouve, que a verdadeira cena rave e electrónica não têm nada a ver com isto. Aceito, concordo plenamente. Mas o "The Fat Of The Land" é um grande album, e tem uma qualidade musical superior a qualquer album da banda. "Firestarter", "Breath", "Smack My Bitch UP", "Funky Shit" são êxitos intemporais que vão continuar a percorrer o tempo. Ao contrário do que tudo o que vêm a seguir. "Always Outnumbered, Never Outgunned" em 2004, e este ano "Invaders Must Die", vêm fora de tempo, fora de época, uma continuação de mais do mesmo, mas mais do mesmo mau, se fosse mais do mesmo do género "The Fat Of The Land", podia continuar a vir. Problemas pessoais, problemas com as editoras, deixaram os Prodigy a navegar sozinho, durante muito tempo apenas com "The Fat Of Tha Land" com suporte. Por muito bom que seja um album, não é a salvação.

Quando saiu "Always Outnumbered, Never Outgunned", pensei, que seria o vim da banda, mas continuavam vivos, e que grande concerto foi naquele Super Bock, Super Rock, que foi um dia como nunca antes tinha vivido, foi simplesmente genial, System Of A Down e logo a seguir Prodigy, foi a completa loucura, em que os Prodigy só conseguiram agarrar o público com os êxitos antigos e embalar os público para levar à aceitação das novas músicas. Esse album não me chamou mesmo nada a atenção.

Mais recentemente temos "Invaders Must Die" desde ano, e ouvi o album do príncipio ao fim, e sei que para mim é muito díficil gostar de música electrónica pura e dura, e até aprecio alguma, e gosto ou gostei, já não sei, bastante de Prodigy, mas se calhar estava com uma ideia completamente errada, quando ouvi este album e tentei procurar algo que me soasse a "Smack My Bitch Up" ou "Breath", ou alguma marca que me fisse-se pensar "Grande som, isto é Prodigy!". Mas não, não encontrei, cheguei ao fim, apenas com uma música de referência para mim, que foi "Run with the Wolves", melhor música do album para mim, e que grande som, foi a única que consegui ouvir duas vezes, o resto, achei e peço desculpa, não se esqueçam que eu também sou fans, superficial e vazio, sem profundidade musical nenhuma, apenas fazer música porque sim, apesar de contar com alumas colaborações de grandes nomes da musica que prestaram a sua voz, não consegui. Será da idade? Estarei mais parvo? Não sei reconhecer o valor das novas músicas? Possivélmente. Não deixa de ser mais um album de musica electrónica, até pode ser muito bom, mas já não é Prodigy. Não quero dizer com isto que seja mau, mas no meu ponto de vista, face à evolução da banda, tendeu, no meu ponto de vista para pior.

Uma coisa é verdade, demorei algum tempo a reconhecer que "Baby's Got A Temper" é uma grande canção e uma grande malha e muito bom som, mas lembro-me que deixei de ouvir música nova de pródigy quando este EP saiu, e estava enganado em relação à musica pode ser que esteja também enganado em relação a este album, o que dúvido. Para ver ouvir e apreciar aqui vai ficar, o clip que consegui arranjar deste último trabalho "Invaders Must Die", a música homónima do título do album e primeiro single do album. Para todos vocês, Prodigy, "Invaders Must Die". Fiquem bem!

1 comentário:

Du'art disse...

Excelente post! Comento na qualidade de fã conquistado logo na primeira música que deles ouvi num velho rádio com leitor de cassetes: Charly foi um som que jamais pensei que alguém idealizaria... Precisamente ontem dei por mim a revisitar outras músicas do grupo do início de 90; e de facto estavam à frente no seu tempo, pois parece-me que poderia ser algo que alguém poderia hoje reclamar como inovação... agora em 2009. O panorama musical em geral é muito mau, há muitos fogos fátuos e com Invaders Must Die podemos dizer que esperávamos mais. Mas não tem igual. O ritmo forte torna-se demasiado pesado perante o passar dos anos, mas antes esse sentimento do que me sentir realmente velho para os ouvir. The Prodigy não é para todos... E a sua consciência disso é que os distingue. A sua fidelidade ao ritmo e ao beat é o que os eterniza.