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quinta-feira, 29 de maio de 2008

MGMT

Hoje parece que é dia de festa. E mais um post que isto está para continuar a "bombar". Aqui mais um dos novos talentos de uma nova geração que está agora a crescer. Claro que estou a falar do indie, mas podia não ser que uma pessoa não é assim tão previsível. E como qualquer criança que vai crescendo, vai querendo experimentar novas coisas, brincar com outros brinquedos, e por aí fora. Os MGMT (The Management), representam um pouco isso, as novas gerações de Indie, que não se ficam só pelas guitarradas e os riff típicos, mas há a preocupação de experimentar novas sonoridades e fazer outro tipo de inclusão e mistura musical.

Americanos de origem, Nova York, começaram a sua actividade em 2002, e a este projecto pertence Ben Goldwasser e o Andrew VanWyngarden. Nessa época, tocavam apenas por puro divertimento, e preocupavam-se mais em fazer experimentação do que propriamente fazer boa música, mas o que é certo é que quando se sabe o que se está a fazer as coisas correm sempre bem. Foi então que foram notados por uma entidade musical que os classificou como "psicadélicos da pop". O destaque completo, surge quando a aclamada revista Rolling Stone como um dos top 10 "Artist to Watch" em 2008.

Editaram apenas recentemente, em 2007, o seu primeiro album de originais "Oracular Spectacular" e o album é realmente espectacular. Para quem está aborrecido do puro indie, e até gosta de pop e electrónica, e para o público em geral, tem aqui uma boa oportunidade para poder desfrutar de uns sons muito bem realizados, não perdendo a essência indie, mas com toda a alma da pop/electrónica.

Devo relatar o facto de quando presenciei o clip do primeiro video da banda, "Time To Pretend", não pude de deixar de ficar petrificado em frente à televisão, completamente hipnotizado a tentar perceber o que se estava a passar naquele monitor. Infelizmente não há oportunidade de colocar aqui o video clip, mas estão convidados a testemunhar esse grande momento de estranheza e talvez, remotamente, de genialidade. Mas não fiquem tristes, pois aqui vai ficar, para ver e ouvir, o mais recente video clip da banda para o seu segundo single do seu até agora, único trabalho. "Electric Feel" de seu nome, e a música vem já a seguir. Um bem haja a todos.




segunda-feira, 19 de maio de 2008

A Naifa

Mudando radicalmente de género musical, para um muito português. É um grupo português, que em em português, um género musical tipicamente português, e estamos obviamente a falar do fado. A projecto começou em 2004, e talvez tenha sido o projecto mais ambicioso dos últimos tempos da iniciativa portuguesa. Fado é fado, e acho que quanto a isso não à discussão possível e espero que tenha ficado bem clara a minha posição. No entanto, este projecto, destina-se, não a modernizar o fado, mas incluir algo da pop. Para alguns pode ser o maior dos atentados, para outros a ideia mais genial. Nesta luta não posso falar muito, apesar de apreciar fado não sou grande conhecedor da matéria, mas devo confessar que, apesar de todos os tradicionalismo, a ideia não é má, e a música também. No entanto, fado é fado, ponto final.

Com o fado como ponto de partida vão ultrapassar todos os cânones da arte da saudade (não fossem alguns dos membros formados na escola do punk) e criar uma nova linguagem com a inclusão da percussão, do baixo eléctrico e dos sintetizadores.

Os elementos que integram este projecto são eles Luís Varatojo, na guitarra potruguesa, João Aguardela, no baixo, Maria Antónia Mendes, na voz (e por sinal, uma grande voz) e Paulo Martins, na bateria. A inclusão dos baixo e da bateria cria uma secção rítmica que acompanha, na perfeição, o dedilhar da guitarra portuguesa, procurando inspiração aos blues e até ao próprio rock, com "riffs" e "grooves" muito bem trabalhado e muito bem arranjado. O papel destes artistas não é fácil, porque não é de qualquer maneira que se fazem arranjos para acompanhar a guitarra portuguesa, e só por isso, é de louvar o trabalho artístico destes senhores e senhora.

As canções são criadas a partir de poemas de autores portugueses como Adília Lopes, José Mário Silva e José Luís Peixoto, interpretados na voz poderosa de Maria Mendes, que sem nunca nos esquecermos de nomes como o de Amália Rodrigues, e Dulce Pontes. O album de estria é de 2004, e intitula-se "Canções Subterrâneas". Mais recentemente, em Março deste ano, o grupo A Naifa editou o seu terceiro trabalho, intitulado "Uma Inocente Inclinação Para o Mal". Para ver e ouvir, aqui vou deixar uma música, do seu segundo trabalho "3 Minutos Antes de a Maré Encher" (2006), intitulado Monotone. Espero que gostem e que apreciem. Uma grande bem haja a todos e até à próxima.


Moonspell

Hoje o dia vai dedicado a grupos de origem nacional, porque o nacional é bom, e ás vezes és mesmo muito bom. Comemorando o dia de hoje para os Moonspell, que lançam hoje um novo trabalho de originais, também nós não vamos ficar atrás e revolvi, hoje aproveitar e falar desta grande banda portuguesa.

A banda formou-se no ano de 1992 e conseguiu resistir até hoje, e digo resistir porque uma banda black metal, gothic metal em Portuga, e ter o protagonismo que os Moonspell tem, das duas uma, ou são mesmo muito bons no seu género musical, ou são mesmo extraordinários na música que fazem, apesar de muita gente não apreciar o género, esta é mesmo a verdade, até porque, é só estar atento aos tops de vendas nacionais, para perceber o esforço e dedicação, que uma banda deste calibre tem de ter para aguentar o mercado Português. Talvez seja por isso mesmo, que os Moonspell conseguem vender mais albuns no estrangeiro do que em Portugal ...

Apesar do género musical não ser fácil de agradar, depois de se começar a gostar, fica-se viciado, pelo menos foi o que aconteceu comigo. Até porque a nível musical, cultural e intelectual, Fernando Ribeiro, vocalista da banda, é um senhor, no verdadeiro sentido da palavra, e os Moonspell, não são definitivamente, uma banda de homens com a mania que são rebeldes a gritar para um microfone.

A carreira dos Moonspell sempre foi muito bem conduzida, e a rampa de lançamento não podia ter sido melhor. No ano de 1995 sai o primeiro album de originais da banda, de nome Wolfhart e foi inevitavelmente um enorme sucesso, que deu à banda tudo o que precisavam ao nível de motivação e realização profissional para poderem conseguir fazer música. Destaque para a música "Ataegina", poema lírico, com influências de de folk metal, que falam da deusa da mitologia lusitana. Neste album também podemos destacar a famosa e poderosa "Alma Mater" que reflecte o esplendor da alma lusitana.

Ao longo da sua carreira os Moonspell têm vindo a ter grande músicas e grandes albuns. É só darem uma hipótese, por exemplo a adaptação de "Senhores da Guerra" dos Madredeus, que é simplesmente genial. A tarefa era difícil, o sucessor de "Memorial" (2006) era à muito aguardado (e que grande album) e a expectativa era muita. A partir de hoje, "Night Eternal" (2008) e considerado o melhor album da banda até ao momento, partido de uma escrita mais emocional, não perdendo a emoção característica de "Memorial" mas será tão agressivo. É um album para ir descobrindo aos poucos e saborear cada momento. Para quem não gosta do género, está uma hipótese para descobrir Moonspell. O primeiro single retirado do album está por aí a passar nas rádios, “Scorpion Flower”, que traz um dueto entre Fernando Ribeiro e a vocalista Anneke van Giersbergen, do Agua de Annique e que aqui fica para poderem ver e ouvir. Fiquem bem.


segunda-feira, 12 de maio de 2008

Hell Is For Heroes

Vamos hoje mudar um pouco o registo sonoro. Desta vez trago até vós, fiéis seguidores, considerada, talvez, como a banda mais ignorada dos últimos tempos no Reino Unido, e diga-se injustamente.

Naturais de Camden, em Londres, a sua existência remonta ao ano 2000, quando em Setembro, Will McGonagle e Joe Birch, antigos membros da banda Symposium se juntam a James Findlay, Tom O'Donoghue e mais tarde a Justin Schlosberg e assim nasceram os Hell Is For Heroes, que começaram desde muito cedo a participar em espectáculos ao vivo na zona Este de Londres.

Surgiu entretanto um contracto com a EMI, que no ano de 2003 saíu o seu álbum de estria intitulado “Neon Handshake” que consegue atingir o top 15 da tabela britânica. "Folded Paper Figures” foi o tema que mais marcou os fans e o album, que mereceu uma segunda reedição no segundo álbum da banda. No entanto, a EMI queixou-se de que as vendas não estavam a correr pelo melhor, uma vez, que o tráfego ilegal, p2p, estava a fazer mais estragos do que o normal, e a EMI resolve não avançar com o segundo álbum da banda, e acabam-se mesmo por separar.

Os HIFH não desistiram e resolveram arriscar numa produtora independente. A única diferença sentida por estes foi a dificuldade de fazer chegar a música a uma universo mais vasto, uma vez que os veículos de divulgação eram mais difíceis de aceder. "One of us", foi o primeiro single retirado do segundo album da banda, Transmist Disrupt (2005), e em comparação com o single do primeiro album, não conseguiu nem metade do mediatismo do primeiro. Sendo assim, o segundo álbum nem não passou dos 70 nas tabelas do top Britânico. Assim sendo, tentaram mudar de editora e reeditar o álbum, durante o ano de 2006 o que não se tornou tão compensador como a banda estava à espera.

No inicio do ano passado, associados a outra editora, os Hell Is For Heroes, conseguiram editar mais um album de originais, de nome homónimo, que só agora está a dar que falar. Não percebo realmente porque tiveram tantos problemas porque o som destes senhores é fenomenal, um punk-rock muito bem conseguido. Apesar de todas as disputas editoriais, digressões canceladas, o facto de os HIFH defenderem uma forte convicção independente, levou a que sejam considerados já uma banda de culto, com muito pouco expressão comercial, mas com um legião de fans sempre fies.

Para ver e ouvir, aqui fica "Kamichi", retirado do album de 2005, Transmist Disrupt, uma das minhas músicas preferidas, que resolvi partilhar convosco e espero que gostem. A todos vós, um grande bem haja e até à próxima.




domingo, 11 de maio de 2008

Vampire Weekend

Gira o disco e toca o mesmo, poderiam vocês assim dizer, mas a verdade é que não, e cada "disco" aqui tocado, têm sempre alguma coisa de único. E mais vou deixar aqui, mas uma banda dentro do género indie, que ando agora a descobrir, e que por acaso têm um grande som, e são eles os Vampire Weekend. Desde vez é uma banda americana de New York City, e claro está, indie pop /rock no seu melhor, com influencias de musica popular africana, um afro-pop, que fazem desde banda, a banda que é.

São mais uma banda recente da crescente vertente do indie ao nível mundial, e são mais um fruto desse poderoso meio de divulgação mundial que é a internet. Desta vez não foi um fenómeno myspace, mas foi um fenómeno "blog" que proporcionou que esta banda, começasse a ser ouvida e conhecida e a despertar as atenções no mundo musical. Começaram apenas em 2006, e todos os 5 membros integrantes da banda são colegas universitários da Universidade de Columbia.

E tudo começou quando um das suas músicas "Cape Cod Kwassa Kwassa", apareceu na lista das 100 melhores musicas de tours no ano de 2007 nos estados unidos que se despertou uma maior atenção para os Vampire Weekend. Os convites para o Saturday Night Live e The Late Show With David Letterman, foi o que faltava a estes jovens para se lançarem na mundo músical.

No ínicio deste ano saíu o primeiro album da banda, com nome homónimo, e que se prestarem bem atenção são capazes de ver os seus videoclips por aí perdidos no meio de alguns canais televisivos. São muito bons, um indie, muito africano no seu melhor, vale mesmo a pena ouvir. Para ver o ouvir aqui vos deixo, o primeiro single retirado do seu primeiro e único album, que se intitula "A-punk", e muito bom clip. Um bem Haja a todos.




quarta-feira, 7 de maio de 2008

Shout Out Louds

E eis que estava a ver um pouco de tv, que nos bombardeiam intensivamente com publicidade, mas nem sempre é muito mau, sempre dá para descobrir uns sons novos, principalmente os anúncios de uma operadora móvel, que não vou dizer qual é devido a motivos legais (pronto é a Optimus!), que ao longo dos anos têm nos brindado excelentes anúncios publicitários acompanhados sempre de grandes musicas. Já várias pessoas me perguntaram quem são e o nome da música, confesso que desconhecia, até que fiquei fan. Nada em especial.

E são eles os Shout Out Louds, banda de indie/pop rock directamente vinda da Suécia, mais propriamente de Estocolmo. O nome original da banda era Luca Brasi. Porém, eles mudaram de nome assim que descobriram que havia outra banda com o mesmo nome. Todos os membros eram amigos desde suas juventudes.

A banda batalhou por alcançar sucesso, viajando intensamente por todo o mundo para divulgar o seu som, sendo que o seu album de estria foi Howl Howl Gaff Gaff (2005), foi vivamente promovido um pouco por todos os festivais em que a banda participou. A banda existe desde 2001, no entanto o seu album de estria demorou a surgir nos palcos internacionais, sendo primeiro lançado na Suécia dois anos antes dos palcos internacionais. O segundo album Our Ill Wills foi lançado no ano passado e é a confirmação de mais um grande nome de referência dentro do mundo do indie. Indie é indie, mas não é limitado, e mais uma vez aqui se mostra a sua versatilidade. Apesar de poderem ser visto como mais uma banda, os Shout Out Louds, marcam pela seu som característico, apoiado na grande voz de Adam Olenius que no conjunto, fazem desde projecto, tudo o que é necessário, para uma banda vingar no panorama musical mundial, e que agora atinge os tops das mais conceituadas tabelas musicais.

Tonight I Have To Leave It, é esse grande som que ainda vai tocando na nosso televisão, em comunhão com a campanha publicitária, e que grande som que é. E é esse mesmo som que aqui vos deixo, para ver e ouvir, e fica o convite, para explorarem melhor os outros temas desta banda, que vale mesmo a pena ouvir. Um bem haja a todos (é inevitável!).


terça-feira, 6 de maio de 2008

Gogol Bordello

O tempo é pouco e o trabalho muito. Por este motivo, peço desculpas, e já lá vão muitas vezes que isto acontece, aos mais fieis fans, pela ausência de novidades nesta maravilha da literatura musical. Mas agora é que é, mesmo, que isto vai para a frente e em breve com algumas novidades. Fiquem para ver. E para marcar a retoma à actividade, vou aqui falar do grupo que domina todas as minhas atenções musicais nestes momento, e que grande grupo que são.

Os Gogol Bordello já tocam desde 1999, e apenas recentemente é que descobri esta maravilha musical. Apesar dos altos e baixos da banda, estou agora a aproveitar o estrelato musical e estão a conseguir levar a sua musica um pouco por todos os cantos do mundo.

Oriundos de New York na America, esta banda tem como estilo básica a música de etnia cigana, e são denominados por uma banda multi-ethnic Gypsy punk. Os membros fundadores são naturais da Europa de Leste que emigraram para os estados unidos, e adoptaram o género como a sua marca cultural. O nome da banda têm origem no escritor russo, Nikolai Gogol, também considerado o pai do realismo moderno Russo.

Com muitas entradas e saídas de elementos, o Gogol Bordello parece que conseguiram agora a estabilidade musical necessária para mostrarem ao mundo a excelente musica que criaram. A musica é apaixonante e vibrante, a puxar para o pézinho de dança, sendo que o forte deste conjunto são as actuações teatrais que fazem no seu espectáculo ao vivo. Contam já com 4 albuns de originais que digo que vale mesmo a pena explorar, o ultimo do ano passado, intitulado Super Taranta, mas a música que me viciou, e pela qual estou completamente viciado, chama-se "Start Wearing Purple", do album Gypsy Punks: Underdog World Strike (2005), que vou aqui deixar para ver e ouvir. Quem quiser assistir ao seu poderio em palco, têm oportunidade de os ver ao vivo dia 10 de Julho, no Optimus Oeiras Alive! 08. O "Giro o Disco" vai lá estar com certeza. Um bem haja a todos e até breve.